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Estrela cadente

Chuva de Meteoros das Líridas

O que são as Líridas?

Todos os anos, na segunda quinzena de abril o nosso planeta intercepta uma região da sua órbita populada por vários detritos espaciais. Estes detritos provêm do cometa C/1861 G1 (Thatcher).

A designação de Líridas deve-se ao facto de que os vários meteoros no céu aparentam radiar da constelação da Lira.

As Líridas em 2025

As Líridas são visíveis durante a segunda quinzena de abril com o pico de intensidade na noite de 21 para 22.

 

O radiante na constelação da Lira atinge o zénite perto do nascer do Sol pelo que a observação destes eventos é sempre melhor durante as horas da madrugada. Contudo, serão sempre observados alguns eventos durante a noite.

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O valor ZHR corresponde a “Zenith Hourly Rate” que estima o número de eventos que um observador pode observar por hora num céu escuro, sem lua com o radiante no zénite.

O que é o cometa C/1861 G1 (Thatcher)?

O cometa foi descoberto dia 4 de Abril de 1861 por Albert E. Thatcher. Pouco se conhece à cerca deste cometa dado se tratar de um cometa de longo período, ou seja, possui um período órbital superior a 200 anos, neste caso em específico, 416 anos.

Visto que a última observação do cometa foi feita a 7 de setembro de 1861 e até a data ainda não tivemos oportunidade de registar novamente a posição do cometa com novas observações, toda a informação sobre a órbita está desactualizada.

Assumindo que o cometa se mantém em órbita e que não sofre perturbações, algo pouco provável, deveremos voltar a ver o cometa por volta de 2277. Todos os astrofísicos aprendem depressa que, quando é necessário esperar que coisas acontecam no céu, é mais divertido ver tinta a secar.

Dada esta realidade, ao contrário, por exemplo, do cometa 1P/Halley, que possui o prefixo “P/”, atribuido a cometas periódicos, o cometa C/1861 G1 (Thatcher) possui “C/” como prefixo, isto porque, apesar dos elementos orbitais indicarem um órbita elíptica e periódica, ainda não houve uma nova observação de passagem no perihélio para confirmar periodicidade, logo até isto se concretizar, o cometa é classificado como não periódico através do prefixo “C/”.

Os afixos G1 e (Thatcher) também são relevantes. “G” significa que foi descoberto na primeira metade de abril e “1” porque foi o primeiro cometa descoberto neste período. Por fim o afixo (Thatcher) é o nome do indivíduo ou telescópio/instrumento que descobriu o  cometa, neste caso, Albert E. Thatcher.

Elementos órbitais

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Referência: Base de dados da NASA-JPL (JPL Solar System Dynamics (nasa.gov)), actualizados a 30/09/2024.

O cálculo dos elementos órbitais foi feito com base nas observações de 1861, já estão certamente desactualizadas.

Os detritos

Os cometas quando se aproximam do Sol, aquecem e começam a emitir poeiras, gazes e pequenos detritos que permancem na órbita do cometa, criando uma região densa de detritos. A órbita da Terra intercepta esta região de detritos emitidos pelo cometa C/1861 G1 (Thatcher). Quando estes detritos entrão na atmosfera do nosso planeta, com a resistência do ar aquecem e ficam incadescentes, criando a ilusão de uma estrela a cair, ou, o que em astronomia se designa de meteoro.

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Referência: Global Meteor Network. Dados das Líridas de 2022,2023 e 2024. Publicados a 8 de abril de 2024.

O ZHR das Líridas apresenta um aumento gradual até ao pico de intensidade e um descréscimo mais lento nos dias seguintes.

Como e quando observar as Líridas no OLA em 2025?

As Líridas, apesar do radiante só atingir o zénite próximo da hora do nascer do Sol, proporcionam sempre um espectáculo fascinante ao longo da noite durante as horas mais “decentes”. Na noite de 21 para 22, a Lua, apesar de estar 40% iluminada, só nasce perto das 4h da madrugada, proporcionando um início de noite livre de poluição luminosa.

  • As noites de 19 até 23 de Abril  serão boas noites para observar as Líridas.

Pode consultar a nossa página de Observação Astronómica para mais informações.

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